27 de Abril de 2012 • 20h07
Por Alexandre Wolkoff / Foto: Alexandre Wolkoff
Para se classificar à final do Pernambucano 2012, o Náutico precisa vencer por dois gols de diferença, a equipe do Sport, domingo (29.04), às 16h, na Ilha do Retiro. Uma missão difícil, porém não impossível para os comandados do técnico Alexandre Gallo. Inclusive, a última vitória do Timbu na Ilha do Retiro foi por 3x1, em 2004, justamente pela margem de gols que a equipe alvirrubra necessita, hoje, para ir à final da competição estadual de 2012. Por isso, Gallo realizou um treino secreto, nesta quinta-feira, afim de montar um esquema eficaz e que se sobreponha perante o adversário.
“Não tem muita surpresa para apresentar nesse momento. A palavra chave dessa decisão é equilíbrio. Nós precisamos entrar no jogo e temos que fazer o primeiro gol para isso acontecer. Isso facilitaria nosso caminho para chegarmos ao segundo com mais tranquilidade. Se o Sport fizer primeiro, a coisa se torna muito mais difícil pra gente. Com 1x0 no placar, você ‘pode ser mais ousado, correr riscos e agir da maneira que a competição obriga a jogar.”
Como se diz na gíria do futebol “meio a zero” em clássico já é um grande resultado, agora, imagine quando se precisa vencer por dois gols de diferença, o grande rival, na casa do adversário? Esse é o pensamento de todos nos Aflitos. Mas para isso acontecer, os atletas precisam estar, não só com a parte técnica apurada, como a psicológica em perfeito estado de equilíbrio.
“Acho que os jogadores sairam um pouquinho da linha, até a gente alí, na lateral do campo, devido a tudo que aconteceu, e pelo que a gente já cansou de ver. Agora é página virada. Essa semana foi bastante proveitosa e vamos com muita determinação tentar reverter esse momento, que é difícil, mas não impossível.”
Para reverter a situação, os jogadores alvirrubros estão unidos e focados na classificação diante do Sport. Por isso, o meio-campo Ramón pediu ao técnico Alexandre Gallo, para antecipar a concentração, em prol do objetivo.
“Foi uma situação muito legal, que pouco a gente vê no futebol. Partiu primeiro do Ramón, que me procurou, pedindo para concentrar na quinta-feira (26.04), porque ele queria se resguardar um pouquinho mais, por causa da alimentação e do descanso. Disse a ele que iria também, porque não deixaria um atleta sozinho na concentração, enquanto ficaria em casa. No dia seguinte, contei isso para o grupo e eles resolveram aderir à ideia, e também concentraram antes. Então, isto é uma situação bacana, que mostra que o grupo está interagindo, está junto, para enfrentar essa batalha que temos pela frente.”
Para a vaga de Elicarlos, expulso no primeiro confronto diante dos rubro-negros, o treinador Gallo têm três opções. O primeiro é Lenon, sempre que solícito, o jogador têm se mostrado bastante aplicado em campo e sempre foi a primeira opção para o setor, na era Waldemar Lemos. A segunda é Tozo, o atleta teve boa participação nos clássicos que disputou esse ano, até o momento, também é um dos que podem ocupar um lugar na cabeça-de-área. O terceiro é Ramirez, que teve sua situação regularizada junto ao Vitória-BA, semana passada, e poderá disputar sua primeira partida nesta temporada.
“O Ramirez é um jogador da minha confiança. Um brigador, lutador, um cara que sempre se entregou muito, mas que está há muito tempo sem jogar. Apesar disso, existe uma possibilidade dele estar em campo, porque treinou bastante e está bem fisicamente. Agora, precisa jogar para estar em condições. A gente não quer divulgar, para não criar uma expectativa para o adversário, mas, sem dúvida, não deixa de ser uma opção.”
Como treinador, Gallo já disputou a quinta semifinal de campeonatos estaduais. Porém, em 2010, participou da final do Pernambucano em sua primeira passagem pelo Náutico, justamente contra o mesmo rival desta semifinal, o Sport. Na época, o Timbu chegou abrir uma vantagem de 3x0, no primeiro jogo nos Aflitos, mas deixou o adversário descontar duas vezes e levar a decisão para a Ilha do Retiro.
“Cada jogo é de um jeito. Acho que aquela época, abrimos uma vantagem e poderíamos ter ampliado. O que aconteceu foi uma sorte do adversário. Eles não criaram os gols, eles aconteceram. Isto se chama o imponderável do futebol. Não adianta lamentar-se quanto a isso.”
Daquela final, Gallo preferiu lembrar das coisas boas que serviram de aprendizado para a carreira como treinador e preferiu não dar relevâncias as coisas passadas.
“A gente nunca deve se espelhar no que aconteceu, porque em cada situação haverá uma coisa nova. A única ressalva que faço é que naquela época, jogamos com toda garotada que tinha no elenco, porque estávamos bastante debilitados com relação aos atletas e a dedicação foi a mais intensa possível e é isso que a gente vai tirar dos jogadores nesse domingo. Muita luta para que possam honrar as cores do Náutico”, finalizou.
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