20 de Fevereiro de 2012 • 15h15
Por Cirlene Leite - Foto: Divulgação
A torcida alvirrubra chegou cedo ao clube para a concentração do Timbu Coroado. A partir das 9h30 da manhã, DJ e a Samba 10, já esquentava a turma na sede. Famílias inteiras e muitas crianças fantasiadas, de todas as idades, até de colo. Eram borboletas, super-heróis, palhacinhos, bailarinas, brincavam com confetes e serpentinas, enchiam o salão de alegria. É a nova geração de foliões do tradicional Timbu Coroado, o maior bloco de torcedores de clube de futebol do país.
O bloco começou assim, com essa mesma energia. Surgiu em 1934, quando a equipe de remadores comemorava as vitórias tomando a rua da Aurora, onde fica até hoje a garagem de remo do Náutico. Os atletas se juntavam às margens do Capibaribe e, mais tarde, transferiram a festa para a sede da Rosa e Silva. A alegria continua a mesma daqueles dias da década de 30, mas o Timbu Coroado mudou. Costumava acordar a vizinhança ainda muito cedo. Hoje, não sai antes do meio-dia.
Quando o Maracatu Estrela Brilhante, do Alto José do Pinho, iniciou o batuque das alfaias, a multidão ocupou a Rosa e Silva e de lá só “arredou pé” para seguir a Frevioca. O percurso desse ano mudou, ficou mais curto, por isso foi mais fácil acompanhar do começo ao fim. O Timbu Coroado saiu da rua da Angustura, depois rua 48, Conselheiro Portela, retornando à sede nos Aflitos. Um mar de gente em vermelho e branco. Até o prefeito do Recife, João da Costa, também alvirrubro, veio acompanhar a saída do Timbu Coroado.
O frevo e os gritos de guerra da torcida se alternavam. O N-Á-U-T-I-C-O, era entoado com emoção. A dupla de cantores da Frevioca só precisava puxar o início do hino: “Da união de 2 cores mágicas”, e o resto ficava à cargo da multidão. Boneco gigante (foto), timbuzão, torcida animada e muito frevo no pé. Essas são, sem dúvida, as receitas de sucesso do Timbu Coroado, “inteiraço” no auge dos seus 78 anos de existência.
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