26 de Janeiro de 2012 • 20h41
Por: Assessoria de Imprensa - Foto: Internet
A tradição batizou os jogos entre Náutico e América como o “clássico da técnica e da disciplina”.
Pobre tradição!
O que se viu no jogo de quarta-feira (25/01/12) foi um espetáculo deprimente. Nem técnica, nem disciplina. Uma carnificina. Não é rima, nem solução. É problema.
E cabe a cada um de nós parcela de responsabilidade pelo show de incompetência que culminou com uma lesão de natureza grave que vai custar muito caro a um profissional, Rogério, que desabrochava como um talentoso jogador.
Indiretamente, somos todos responsáveis se nos recolhemos ao silêncio cúmplice, acovardados diante dos poderosos de plantão.
Diretamente responsáveis são os que têm por atribuição gerir o futebol,fenômeno esportivo que se tornou o maior espetáculo da terra.
Digo todos porque somos personagens com identidade própria gestada pela prática do futebol: o jogador, o treinador, o cartola, as autoridades gestoras, o torcedor, o profissional especializado da imprensa e esta figura especial, o juiz, que deixou de ser “o homem de preto” para se fantasiar no colorido armarinho do marketing esportivo.
O que aconteceu naquele jogo pode ser debitado à conta do árbitro.
Condenação fácil, cômoda, lastreada em provas cabais, porém, incompleta. Tem mais gente.
De fato, a atuação foi desastrosa em todos os sentidos. Frouxo na disciplina; desmunhecado diante da violência criminosa; incompetente na aplicação das regras. Um verdadeiro zumbi vagando em campo e emitindo silvos tão fraquinhos, como fraca, frouxa é sua presença como garantia do jogo limpo e bem jogado.
Para não entrar no campo movediço das suspeitas e dos cabeludos exemplos de desvio de conduta, vamos ficar com as definições de dois estudiosos do futebol como fenômeno social: para Eduardo Galeano “árbitro é arbitrário por definição”; para Hilário Franco é uma personalidade de tendência “sadomasoquista”.
No caso específico, cabe a cada personagem envolvido na organização e na gestão do futebol, exercer suas responsabilidades a partir das seguintes iniciativas:
1. Ao Náutico, cabe representar contra a comissão de arbitragem que tem a responsabilidade de preparar os “profissionais do apito” e, em última análise, a culpa in eligendo, consagrada pelo direito que responsabiliza aquele que escolheu quem diretamente causou dano a outrem; cabe, ainda, ao Clube Náutico, representar contra o árbitro de modo a ficar provado que este profissional está inabilitado para integrar os quadros da FPF (vê antecedentes); finalmente, representar junto ao TJE, demandando punição ao criminoso agressor, vulgo Maneco, que o afaste das atividades profissionais o tempo equivalente ao tempo de recuperação do atleta Rogério (entendimento corriqueiro dos tribunais de vários países e que, mesmo retardado, começa a chegar às instâncias julgadoras do Brasil).
2. Ao TJE, cabe manter a esperança imortalizada pela frase do humilde moleiro prussiano que, ao ganhar uma causa do Imperador, disse: “Ainda há juízes em Berlim”.
3. À Comissão de Arbitragem punir exemplarmente o árbitro.
4. À imprensa, ciosa de suas responsabilidades críticas, tratar o fato e acompanhar seus desdobramentos com a dimensão que merece, ou seja, o fato jornalístico da noite de quarta-feira não foi o jogo, foi a imagem chocante da violência que vitimou o atleta e indignou o telespectador. E sem essa de comentários corporativosque menosprezam a inteligência do telespectador que não é besta.
Pelo que tenho acompanhado, pela oportunidade dos contatos pessoais e pelas providências que vêm sendo adotadas, estou convencido de que o Dr. Evandro Carvalho não tem compromisso com o erro e mais: está disposto a marcar positivamente sua passagem como presidente da Federação Pernambucana de Futebol.
Como cidadão e desportista apaixonado pelo futebol, não me despeço da esperança.
Por Gustavo Krause
Por: Assessoria de Imprensa - Foto: Internet
A tradição batizou os jogos entre Náutico e América como o “clássico da técnica e da disciplina”.
Pobre tradição!
O que se viu no jogo de quarta-feira (25/01/12) foi um espetáculo deprimente. Nem técnica, nem disciplina. Uma carnificina. Não é rima, nem solução. É problema.
E cabe a cada um de nós parcela de responsabilidade pelo show de incompetência que culminou com uma lesão de natureza grave que vai custar muito caro a um profissional, Rogério, que desabrochava como um talentoso jogador.
Indiretamente, somos todos responsáveis se nos recolhemos ao silêncio cúmplice, acovardados diante dos poderosos de plantão.
Diretamente responsáveis são os que têm por atribuição gerir o futebol,fenômeno esportivo que se tornou o maior espetáculo da terra.
Digo todos porque somos personagens com identidade própria gestada pela prática do futebol: o jogador, o treinador, o cartola, as autoridades gestoras, o torcedor, o profissional especializado da imprensa e esta figura especial, o juiz, que deixou de ser “o homem de preto” para se fantasiar no colorido armarinho do marketing esportivo.
O que aconteceu naquele jogo pode ser debitado à conta do árbitro.
Condenação fácil, cômoda, lastreada em provas cabais, porém, incompleta. Tem mais gente.
De fato, a atuação foi desastrosa em todos os sentidos. Frouxo na disciplina; desmunhecado diante da violência criminosa; incompetente na aplicação das regras. Um verdadeiro zumbi vagando em campo e emitindo silvos tão fraquinhos, como fraca, frouxa é sua presença como garantia do jogo limpo e bem jogado.
Para não entrar no campo movediço das suspeitas e dos cabeludos exemplos de desvio de conduta, vamos ficar com as definições de dois estudiosos do futebol como fenômeno social: para Eduardo Galeano “árbitro é arbitrário por definição”; para Hilário Franco é uma personalidade de tendência “sadomasoquista”.
No caso específico, cabe a cada personagem envolvido na organização e na gestão do futebol, exercer suas responsabilidades a partir das seguintes iniciativas:
1. Ao Náutico, cabe representar contra a comissão de arbitragem que tem a responsabilidade de preparar os “profissionais do apito” e, em última análise, a culpa in eligendo, consagrada pelo direito que responsabiliza aquele que escolheu quem diretamente causou dano a outrem; cabe, ainda, ao Clube Náutico, representar contra o árbitro de modo a ficar provado que este profissional está inabilitado para integrar os quadros da FPF (vê antecedentes); finalmente, representar junto ao TJE, demandando punição ao criminoso agressor, vulgo Maneco, que o afaste das atividades profissionais o tempo equivalente ao tempo de recuperação do atleta Rogério (entendimento corriqueiro dos tribunais de vários países e que, mesmo retardado, começa a chegar às instâncias julgadoras do Brasil).
2. Ao TJE, cabe manter a esperança imortalizada pela frase do humilde moleiro prussiano que, ao ganhar uma causa do Imperador, disse: “Ainda há juízes em Berlim”.
3. À Comissão de Arbitragem punir exemplarmente o árbitro.
4. À imprensa, ciosa de suas responsabilidades críticas, tratar o fato e acompanhar seus desdobramentos com a dimensão que merece, ou seja, o fato jornalístico da noite de quarta-feira não foi o jogo, foi a imagem chocante da violência que vitimou o atleta e indignou o telespectador. E sem essa de comentários corporativosque menosprezam a inteligência do telespectador que não é besta.
Pelo que tenho acompanhado, pela oportunidade dos contatos pessoais e pelas providências que vêm sendo adotadas, estou convencido de que o Dr. Evandro Carvalho não tem compromisso com o erro e mais: está disposto a marcar positivamente sua passagem como presidente da Federação Pernambucana de Futebol.
Como cidadão e desportista apaixonado pelo futebol, não me despeço da esperança.
Por Gustavo Krause
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