segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Saiba como o "paizão" Waldemar Lemos uniu o grupo pelo acesso

20 de Novembro de 2011 • 10h09
Por Elcio Mendonça - Foto: André Nery/Agência Náutico

A estreia do Timbu na Série B deixou até o torcedor mais fanático preocupado. Derrota por 4 a 0 para a Portuguesa, em São Paulo, e a sensação de que seria um campeonato difícil para o Alvirrubro.

Como era de se esperar, fortes críticas caíram sobre os ombros da equipe, principalmente ao técnico Waldemar Lemos, que viu o seu trabalho contestado logo no primeiro passo.

Era difícil imaginar que 36 rodadas depois, o mesmo time que começou a Série B com o pé esquerdo faria uma campanha histórica, retornando ao seu devido lugar, a elite do futebol brasileiro.

A chave para o sucesso pode ser resumida em uma só palavra: união. Foi assim que Waldemar liderou um grupo de guerreiros, que passou por cima de inúmeras dificuldades, até desembarcar no paraíso da Série A.

“Nós somos um grupo, sem vaidades e sem destaques. Todos são iguais e todos jogam pelo Náutico”, exaltou Waldemar.

Um termo bastante usado no futebol é família. Tão utilizado que até soa como clichê, mas no Náutico o que se viu foi a criação de uma forte relação familiar, com um paizão e seus mais de 30 filhos.

Como um verdadeiro pai, Waldemar Lemos soube cobrar o grupo quando foi preciso, mas não pensou duas vezes nos momentos de “passar a mão na cabeça” dos comandados.

Sem exagero algum, o time jogava para e por ele. A cada gol, a cada vitória, todos corriam em direção do “chefe”. Nem nas entrevistas Waldemar “escapava” do carinho dos jogadores.

Após a vitória sobre o Barueri, dia oito deste mês, nos Aflitos, Waldemar foi surpreendido durante a coletiva com os jornalistas, quando praticamente todos os jogadores “invadiram” a sala de imprensa para saudar o treinador.

Resultado? Um belo banho com água fria e Gatorade, na mesa de entrevistas, molhando, inclusive, parte dos repórteres que estavam presentes no local.

“Esse grupo é maravilhoso, formado por homens. Eles aderiram à nossa forma de trabalhar, à nossa metodologia”, disse.

Se o futebol é resolvido dentro das quatro linhas, nesse acesso o principal personagem esteve sempre presente fora delas, no comando do time.

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